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Google começa a penalizar conteúdo gerado por IA: o que muda e como proteger sua marca

4 min de leitura
Google Update e SEO - Hawkz

Em abril de 2025, durante o evento Search Central Live em Madri, John Mueller — líder da equipe de relações de busca do Google — anunciou uma mudança significativa nas diretrizes de avaliação de qualidade de busca.

A partir de agora, páginas cujo conteúdo principal é criado por ferramentas automatizadas ou IA generativa podem ser classificadas como “Lowest Quality” — a nota mais baixa atribuída por avaliadores humanos do Google.

Essa decisão sinaliza uma mudança de postura clara: o Google está penalizando conteúdos automatizados, genéricos e sem valor agregado. E isso tem impacto direto na forma como empresas constroem sua autoridade e reputação online.

O que mudou nas diretrizes do Google?

1. IA generativa entra no radar oficial

Pela primeira vez, o Google definiu o que considera conteúdo gerado por IA:

“IA generativa é um modelo de machine learning que cria novos conteúdos com base em exemplos fornecidos. Pode ser útil, mas também pode ser mal utilizada.”

Ou seja: o uso da IA em si não é proibido — mas a forma como o conteúdo é entregue ao público é o que conta.

2. Conteúdo gerado por IA pode receber nota mínima

Na nova seção 4.6.6, o Google determina que páginas com conteúdo principal copiado, parafraseado ou automatizado — sem originalidade, curadoria humana ou valor agregado — devem ser marcadas como “Lowest Quality”.

Isso se aplica mesmo quando há citação de fontes, inclusão de imagens ou uso de vídeos. O que importa é o valor entregue ao visitante.

3. Abusos em larga escala entram na mira

Três novas práticas agora são vistas como prejudiciais:

  • Expired Domain Abuse: reaproveitar domínios expirados apenas para ranquear.
  • Site Reputation Abuse: publicar em sites de alta autoridade para ranquear conteúdo fraco.
  • Scaled Content Abuse: gerar grandes volumes de conteúdo com IA, sem revisão humana.

4. “Filler content” também será penalizado

O Google passou a observar também conteúdos inflados — ou seja, páginas que parecem ricas, mas que na prática não ajudam o usuário.

Exemplos:

  • Introduções genéricas
  • Parágrafos que dizem o óbvio
  • Conteúdo útil “enterrado” em meio a anúncios

Sabe aquela pesquisa que você faz para encontrar uma informação simples, mas antes da informação tem diversos parágrafos falando coisas superficiais e redundantes apenas para tentar posicionar melhor no Google? Então, teoricamente agora esses conteúdos serão penalizados. Vamos torcer para que isso ocorra de verdade, ajudará muito a valorizar o potencial do Google. Até mesmo por conta da AI Overview esses conteúdos inflados “filler content” já estão perdendo espaço.

5. Exageros sobre a marca ou autores reduzem a nota

A nova seção 5.6 reforça que alegações sobre autoridade precisam ser comprovadas. Afirmar que sua empresa é “líder no mercado” ou que o autor é “referência” sem evidência pode levar à classificação como conteúdo de baixa ou baixíssima qualidade.

O que isso muda na prática?

IA não está proibida — mas precisa de filtro humano

Ferramentas como o ChatGPT podem ajudar na estrutura inicial. Mas o conteúdo precisa passar por:

  • Curadoria
  • Personalização
  • Análise crítica
  • Validação por especialistas

Reputação digital como diferencial competitivo

O que o Google está fazendo não é simplesmente combater spam ou IA — é reforçar o que sempre importou: confiança.

Num cenário em que qualquer um pode produzir centenas de textos com um clique, o que diferencia uma marca é sua autenticidade. Seu compromisso com a verdade. A coerência entre o que promete e o que entrega.

Reputação digital é isso: um ativo invisível, mas determinante para a visibilidade, a conversão e a sobrevivência online.

A cada update, fica mais claro que o SEO vai muito além do que conhecemos até hoje e não são os atalhos e as receitas de bolo que vão funcionar, mas sim uma construção reputacional sólida.

Na Hawkz, ajudamos pessoas e empresas a construírem essa reputação com base em autoridade real, conteúdo estratégico e presença digital consciente.

*fonte: https://searchengineland.com/google-quality-raters-content-ai-generated-454161